A nova Diretriz Sociedade Americana de Pediatria frisa a importância de evitar o uso de recipientes plásticos na alimentação de crianças, mas o aviso serve também para os adultos.
O posicionamento foi feito para crianças pois elas são mais suscetíveis aos efeitos dos componentes dos plásticos e de aditivos alimentares. Seus sistemas metabólicos estão ainda em desenvolvimento, principalmente o de desintoxicação.
Na infância os órgãos estão sob maturação, sendo-os vulneráveis a substâncias danosas; nessa fase da vida, a relação da exposição de dose x kg corporal é mais preocupante comparado com adultos.
A desregulação endócrina é a principal consequência da exposição às substâncias dos plásticos. O estímulo obesogênico, cardiotoxidade, imunossupressão, desregulação dos hormônios tireoidianos, carciogenicidade e aumento do estresse oxidativo estão por trás dos malefícios propostos.
Claro que é inconsistente afirmar que as causas destas desregulações metabólicas na população são provindas exclusivamente pela exposição de determinadas substâncias dos plásticos, mas estudos experimentais e observacionais – através da análise urinária das substâncias – estão aí para fortalecer os prejuízos ao organismo.
Aditivos indiretos e diretos listados pela Soc. Americana de Pediatria:
Aditivos indiretos:
Aditivos diretos:
Uso na alimentação: Preservantes e corantes, sobretudo de carnes e embutidos
Preocupação/Dano potencial: Alteração na função tireoideana, aumento da produção de compostos sabidamente carcinogênicos (N-nitroso)
Algumas das recomendações propostas na diretriz:
Às vezes o produto já contém a informação “BPA FREE”, que significa não ter a substância número 7. Mas pode ter ftalatos ou estireno.
Fonte: http://pediatrics.aappublications.org/content/early/2018/07/19/peds.2018-1408.full-text.pdf
Dr. Frederico Lobo - Nutrólogo Joinville
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